A eficiência dos adjuvantes

Os defensivos agrícolas tem grande importância na cadeia produtiva agrícola, porém muitas vezes seu uso é indiscriminado e tem sido alvo de questionamentos. Tudo causado pelo desconhecimento dos riscos e da necessidade de uso agregado a tecnologia para obter melhor rendimento e controle. Isso traz mais resultado, segundo especialistas.
A eficácia só pode ser constatada quando a operação é concretizada com controle e eficiência; Quanto mais precisa menores os custos e menos danos ambientais. Nesse caso a importância dos adjuvantes é um dos principais fatores que contribuem para o sucesso e rendimento.
O adjuvante tem objetivo principal eliminar a tensão das gotas fazendo com que elas se espalhem sobre a superfície com maior eficiência. Ele também tem a função de estimular atividades fisiológicas nas plantas, eliminar a camada com cera da superfície foliar, acificar e neutralizar os íons da água utilizada na aspersão, evitar a evaporação das gotas aspergidas e garantir a formação das gotas com diâmetro maior, aumentar a densidade da calda, evitando a deriva [ Falamos nesse post sobre a deriva; Leia].
Algumas pesquisas apresentam também resultados que comprovam que a utilização dos adjuvantes aumenta a velocidade da absorção dos produtos, protegendo-os contra algumas horas após a aplicação.
Muitos desses produtos adjuvantes são verdadeiras “plataformas” para combinações de outras formulações condicionadoras da calda e poderão proporcionar muitos outros benefícios:
Penetrantes: formulações que “abaixam” de maneira efetiva a tensão superficial, facilitando a penetração e acelerando a absorção dos agroquímicos pelas folhas das plantas.
Espalhantes: reduzem o ângulo de contato das gotas sobre as superfícies das folhas. O controle da dose desses adjuvantes nas caldas de pulverização é muito importante, pois, em excesso, acontece o escorrimento dos agroquímicos das folhas, ramos e frutos para o solo.
Adesivos: produtos adjuvantes que formam um tipo de “filme” sobre as folhas, ramos ou frutos. Proporcionam maior “tempo de vida” dos agroquímicos sobre as superfícies tratadas.
Espalhantes-adesivos: são formulações à base de dois compostos, um espalhante (hipotensor) e outro adesivo (resina sintética, PVC, dentre outros).
Anti-espumantes: adjuvante de calda que impede (ou limita) a formação da espuma durante o preparo da calda e também durante as aplicações com a calda pronta nas culturas. Normalmente, os adjuvantes anti-espumantes também apresentam a característica de serem homogeneizadores de calda, quando são utilizados agroquímicos granulados, pó-molhável, dentre outras formulações de difícil solubilidade.
Tamponantes: normalmente são utilizados dois tipos de adjuvantes tamponantes de calda, aqueles direcionados para as aplicações de herbicidas, quando o pH deverá estar na faixa entre três e quatro e os adjuvantes utilizados nas aplicações de inseticidas e fungicidas, quando o pH deverá estar na faixa entre cinco e seis.
Anti-evaporantes: são adjuvantes específicos para aplicações em condições meteorológicas extremamente adversas de baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas.
Espessantes: são adjuvantes que proporcionam maior viscosidade à calda de pulverização, reduzindo a produção de gotas finas, funcionando como redutores de deriva.
Referência: Revista Plantio Direto, ed. 72, nov/dez-2002.
Revista Campo e Negócio